Pensamento

Quando aparece no mundo um verdadeiro génio, podemos reconhece-lo através de um sinal: Todos os estúpidos se unem contra ele.
Jonathan Swift

terça-feira, 22 de setembro de 2009

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

11 de Setembro -

Realizador: Sean Penn, convidado a contribuir com uma de 11 curtas-metragens,

sob outras tantas perspectivas de realizadores de diferentes nacionalidades sobre o dia 11 de Setembro

Gosto muito deste americano

11 de Setembro...

1891 - Suicídio do poeta Antero de Quental.

1914 - Grande Guerra 1914-18. Seguem para África as primeiras forças expedicionárias portuguesas.

1942 - Morre Bento Gonçalves, 40 anos, secretário-geral do PCP, no campo de concentração do Tarrafal, Cabo Verde, depois de sete anos de prisão.

1944 - II Guerra Mundial. Holanda é libertada pelas forças aliadas.

1962 - Primeira gravação oficial dos Beatles, com a versão de "Love me do", integrada no álbum “Please Please me”.

1973 - O presidente do Chile, Salvador Allende, é deposto por um golpe militar e Augusto Pinochet assume o poder. A ditadura estender-se-á por duas décadas e conduzirá à morte de dezenas de milhar de pessoas.

2001 - Ataque aos EUA. Dois aviões de passageiros embatem, com alguns minutos de intervalo (08:46 e 09:04), nas duas torres do World Trade Center, em Nova Iorque. Morrem perto de 2.900 pessoas. Dois outros aparelhos despenham-se sobre o Pentágono e num descampado na Pensilvânia.

2005 - Israel decreta o fim da administração militar na Faixa de Gaza, pondo fim à ocupação de 38 anos.

Carta aos meus filhos, sobre o fuzilamento de Goya - JORGE DE SENA

Não sei, meus filhos, que mundo será o vosso. É possível, porque tudo é possível, que ele seja aquele que eu desejo para vós. Um simples mundo, onde tudo tenha apenas a dificuldade que advém de nada haver que não seja simples e natural.

Um mundo em que tudo seja permitido, conforme o vosso gosto, o vosso anseio, o vosso prazer, o vosso respeito pelos outros, o respeito dos outros por vós. E é possível que não seja isto, nem seja sequer isto o que vos interesse para viver. Tudo é possível, ainda quando lutemos, como devemos lutar, por quanto nos pareça a liberdade e a justiça, ou mais que qualquer delas uma fiel dedicação à honra de estar vivo.

Um dia sabereis que mais que a humanidade não tem conta o número dos que pensaram assim, amaram o seu semelhante no que ele tinha de único, de insólito, de livre, de diferente, e foram sacrificados, torturados, espancados, e entregues hipocritamente à secular justiça, para que os liquidasse «com suma piedade e sem efusão de sangue.» Por serem fiéis a um deus, a um pensamento, a uma pátria, uma esperança, ou muito apenas à fome irrespondível que lhes roía as entranhas, foram estripados, esfolados, queimados, gaseados, e os seus corpos amontoados tão anonimamente quanto haviam vivido, ou suas cinzas dispersas para que delas não restasse memória. Às vezes, por serem de uma raça, outras por serem de urna classe, expiaram todos os erros que não tinham cometido ou não tinham consciência de haver cometido. Mas também aconteceu e acontece que não foram mortos. Houve sempre infinitas maneiras de prevalecer, aniquilando mansamente, delicadamente, por ínvios caminhos quais se diz que são ínvios os de Deus. Estes fuzilamentos, este heroísmo, este horror, foi uma coisa, entre mil, acontecida em Espanha há mais de um século e que por violenta e injusta ofendeu o coração de um pintor chamado Goya, que tinha um coração muito grande, cheio de fúria e de amor. Mas isto nada é, meus filhos. Apenas um episódio, um episódio breve, nesta cadela de que sois um elo (ou não sereis) de ferro e de suor e sangue e algum sémen a caminho do mundo que vos sonho. Acreditai que nenhum mundo, que nada nem ninguém vale mais que uma vida ou a alegria de té-1a. É isto o que mais importa - essa alegria. Acreditai que a dignidade em que hão-de falar-vos tanto não é senão essa alegria que vem de estar-se vivo e sabendo que nenhuma vez alguém está menos vivo ou sofre ou morre para que um só de vós resista um pouco mais à morte que é de todos e virá. Que tudo isto sabereis serenamente, sem culpas a ninguém, sem terror, sem ambição, e sobretudo sem desapego ou indiferença, ardentemente espero. Tanto sangue, tanta dor, tanta angústia, um dia - mesmo que o tédio de um mundo feliz vos persiga - não hão-de ser em vão. Confesso que muitas vezes, pensando no horror de tantos séculos de opressão e crueldade, hesito por momentos e uma amargura me submerge inconsolável. Serão ou não em vão? Mas, mesmo que o não sejam, quem ressuscita esses milhões, quem restitui não só a vida, mas tudo o que lhes foi tirado? Nenhum Juízo Final, meus filhos, pode dar-lhes aquele instante que não viveram, aquele objecto que não fruíram, aquele gesto de amor, que fariam «amanhã». E. por isso, o mesmo mundo que criemos nos cumpre tê-lo com cuidado, como coisa que não é nossa, que nos é cedida para a guardarmos respeitosamente em memória do sangue que nos corre nas veias, da nossa carne que foi outra, do amor que outros não amaram porque lho roubaram.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Opinião


Verdade, diz ela

Transcrevo (mais ) um texto de António Manuel Pina, do JN de 2009-09-08

Para Pascal, a verdade muda quando se atravessam os Pirinéus (ou o Oceano Atlântico, tanto faz).
A dra. Ferreira Leite não será propriamente uma filósofa, mas aquela tirada "É a vida" para justificar já não sei o quê durante o debate com Louçã junta com a sua concepção do casamento como uma pequena e média empresa de produção de filhos, bastam para que até um telespectador da TVI se aperceba de que ali, na dra. Ferreira Leite, se pensa.
Um pensamento em que ocupa lugar central, como ela não se cansa de repetir, a Verdade.
Trata-se, a Verdade da dra. Ferreira Leite, e por isso é que é com maiúscula, de algo que tem que ver, não com correspondência aos factos (como em Pascal ou no ex-presidente do Vitória de Guimarães, Pimenta Machado), mas com "aletheia" e "revelação".
Não há, assim, contradição entre a Verdade da "asfixia democrática" no continente e a Verdade da "não-asfixia democrática" (ou da "asfixia não-democrática") na Madeira.
São Verdades diferentes porque na Madeira, explica a dra. Ferreira Leite, Jardim asfixia "em resultado dos votos". Rigorosamente não é bem asfixia, é falta de ar.

Fechar aspas :-)

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Férias... agora só em 2010







Este ano levamos os avós do Tomás a uma merecida viagem de férias
O destino eleito foi Itália. A bela Itália.
A bela Toscánia...
Orciático
San Gimignano
Volterra
Lucca
Pisa
Florença
e Roma.
Extraordinário!
Já foram as férias todas, mas olhando para trás... Foram bem gastas!